Porto Alegre - Trabalhadores sem terras fazem protesto enfrente a sede do Incra na capital

Pelo menos 600 pessoas se reúnem contra paralisia da Reforma Agrária, diz MST

Haverá marcha em direção à Praça da Matriz | Foto: Guilherme Testa

 

Agricultores do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) realizam desde às 7h desta terça-feira um protesto em frente à 11ª Superintendência Regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em Porto Alegre. O objetivo é denunciar a paralisia da política nacional de Reforma Agrária e reivindicar assentamento às famílias acampadas. A mobilização ocorre em alusão ao 17 de abril, Dia Nacional de Luta pela Reforma Agrária e Dia Internacional de Lutas Camponesas. Conforme a organização, cerca de 600 pessoas se reúnem em frente ao prédio localizado na avenida Loureiro da Silva, no Centro Histórico.

De acordo com o MST, o protesto é motivado pela decisão do governo federal de paralisar totalmente a Reforma Agrária, a Reforma da Previdência e pelo assentamento imediato de todas as famílias acampadas – no Rio Grande do Sul, há cerca de duas mil cadastradas no Incra, enquanto no Brasil 150 mil ainda aguardam. Além disso, as famílias já assentadas denunciam a falta de infraestrutura, o que dificulta o acesso a estradas e água potável. 

No começo da tarde, integrantes do Movimento, junto a indígenas, farão uma marcha pelas ruas centrais da Capital. A caminhada sairá do Incra em direção à Praça da Matriz, onde haverá uma aula pública, às 14h, sobre a defesa dos territórios e os impactos da mineração no estado. A atividade será com o professor Paulo Brack, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

 

Correio do Povo

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